ITEM II DO ESTUDO DOUTRINAS DA BÍBLIA, PARTE 1 - DOUTRINA DE DEUS
19/07/2015 por MarciaCONHECENDO AS DOUTRINAS DA BÍBLIA
Lucas 17:10 Assim também vós, quando fizerdes tudo o que vos for mandado, dizei: Somos servos inúteis, porque fizemos [somente] o que devíamos fazer.
PREFÁCIO Meu desejo é que este curso bíblico “CONHECENDO AS DOUTRINAS DA BÍBLIA”, contribua para um maior e melhor conhecimento da razão da nossa fé, para a formação de uma consciência mais cristã, para uma vida mais firme e mais segura nas verdades eternas reveladas na Escritura, não se deixando mover por ensinos heterodoxos e pelo relativismo da pós-modernidade. Enfim, que este trabalho edifique a tua vida e glorifique a Deus. Capítulo II - Deus
Vivemos num universo cuja imensidão pressupõe um Criador poderoso, universo cuja beleza, desenho e ordem apontam um sábio Legislador. Mas quem fez o Criador? Podemos recuar no tempo, indo da causa para o efeito, mas não podemos continuar nesse processo de recuo sem reconhecer um ser "Sempiterno". Aquele ser eterno é Deus, o Eterno, a Causa e a Origem de todas as coisas boas que existem.
1. As Sagradas Escrituras não procuram demonstrar formalmente a existência de Deus. Por quê? Em parte alguma as Escrituras tratam de provar a existência de Deus mediante provas formais. Reconhece-se como fato auto-evidente e como crença natural do homem. As Escrituras em parte alguma propoõem uma série de provas da existência de Deus como preliminar à fé; declaram o fato de Deus e chama o homem a aventurar-se na fé. “O que se chega a Deus, creia que há Deus”, é o ponto inicial na relação entre o homem e Deus.
2. Por que procuramos provar a existência de Deus? (Três pontos.) Primeiramente, para convencer os que genuinamente buscam a Deus, isto é, pessoas cuja fé tem sido ofuscada por dificuldade, e que dizem: “Eu quero crer em Deus; mostra-me que seja rezoável crer nele”. Mas evidência nenhuma convencerá a pessoa, que, por desejar continuar no pecado e no egoísmo, diz: “Desafio-te a provar que Deus existe”. Afinal a fé é questão moral e não intelectual. Se a pessoa não está disposta a acreditar, ela porá de lado todas e quaisquer evidências (Lucas 16:31 Porém Abraão lhe disse: Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, tampouco acreditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite.). Segundo, para fortalecer a fé daqueles que já crêem. Eles estudam as provas, não para crer, mas sim porque já crêem. Esta fé lhes é tão preciosa que aceitarão com alegria qualquer fato que a faça aumentar ou enriquecer. Finalmente, para poder enriquecer nosso conhecimento acerca da natureza de Deus. Que maior objeto de pensamento e estudo existe do que ele?
3. Quais são três fontes pelas quais podemos comprovar a existência de Deus? Na criação, na natureza humana e na história da humanidade.
4. Quais são as cinco provas da existência de Deus, através da criação, da natureza humana e da história da humanidade? 1ª) O Universo deve ter uma “causa primária” ou um Criador (argumento cosmológico, da palavra grega cosmos, que significa “mundo”). 2ª) O desígnio evidente no Universo aponta para uma mente suprema (argumento teleológico, da palavra grega teleos, que significa “desígnio ou propósito”). 3ª) A natureza do homem, com seus impulsos e emoções, assinala um governador pessoal (argumento antropoológico, da palavra grega antrhropos, que significa “homem”). 4ª) A história da humanidade dá evidência de uma providência que governa sobre tudo (argumento histórico). 5ª) A crença é universal (argumento do consenso comum). 5. De que maneira o universo demonstra a existência de Deus? A razão argumenta que o universo deve ter tido um princípio. Todo efeito deve ter uma causa suficiente. O universo, sendo o efeito, por conseguinte deve ter uma causa. Consideremos a extensão do universo. Nas palavras de Jorge W. Grey: "O universo, como o imaginamos, é um sistema de milhares e milhões de galáxias. Cada uma delas se compõe de milhares e milhões de estrelas. Perto da circunferência de uma dessas galáxias — a Via Láctea — existe uma estrela de tamanho médio e temperatura moderada, já amarelada pela velhice — que é o nosso Sol." E imaginem que o Sol é milhões de vezes maior que a nossa pequena Terra! Prossegue o mesmo escritor: "O Sol está girando numa orbita vertiginosa em direção à circunferência da Via Láctea a 19.300 metros por segundo, levando consigo a Terra e todos os planetas, e ao mesmo tempo todo o sistema solar está girando num gigantesco circuito à velocidade incrível de 321 quilômetros por segundo, enquanto a própria galáxia gira, qual colossal roda gigante estelar. Fotografando-se algumas seções dos céus, é possível fazer a contagem das estrelas. No observatório de Harvard College eu vi uma fotografia que inclui as imagens de mais de 200 Vias Lácteas — todas registradas numa chapa fotográfica de 35 x 42cm. Calcula-se que o número de galáxias de que se compõe o universo é da ordem de 500 milhões de milhões." Consideremos nosso pequeno planeta e nele as várias formas de vida existentes, as quais revelam inteligência e desígnio divinos. Naturalmente surge a questão: "Como se originou tudo isso?" A pergunta é natural, pois as nossas mentes são constituídas de tal forma que esperam que todo efeito tenha uma causa. Logo, concluímos que o universo deve ter tido uma Primeira Causa, ou um Criador. "No princípio — Deus" (Gên. 1:1).
6. De que maneira o desígnio e a beleza do universo demonstram a existência de Deus? O desígnio e a formosura evidenciam-se no universo; mas o desígnio e a formosura implicam um arquiteto; portanto, o universo é a obra dum Arquiteto dotado de inteligência suficiente para explicar sua obra (Salmo 19. 1 Os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos. 2 Um dia faz declaração a outro dia, e uma noite mostra sabedoria a outra noite. 3 Sem linguagem, sem fala, ouvem-se as suas vozes 4 em toda a extensão da terra, e as suas palavras, até ao fim do mundo. Neles pôs uma tenda para o sol,). O grande relógio de Estrasburgo tem, além das funções normais dum relógio, uma combinação de luas e planetas que se movem, mostrando dias e meses com a exatidão dos corpos celestes, com seus grupos de figuras que aparecem e desaparecem com regularidade igual ao soarem as horas no grande cronômetro. Declarar não ter havido um engenheiro que construiu o relógio, e que este objeto "aconteceu", seria insultar a inteligência e a razão humana. É insensatez presumir que o universo "aconteceu", ou, em linguagem cientifica, que procedeu "do concurso fortuito dos átomos"! O exame dum relógio revela que ele leva os sinais de desígnio porque as diversas peças são reunidas com um propósito prévio. Elas são colocadas de tal modo que produzem movimentos e esses movimentos são regulados de tal maneira que marcam as horas. Disso inferimos duas coisas: primeiramente, que o relógio teve alguém que o fez, e em segundo lugar, que o seu fabricante compreendeu a sua construção, e o projetou com o propósito de marcar as horas. Da mesma maneira, observamos o desígnio e a operação dum plano no mundo e, naturalmente, concluímos que houve alguém que o fez e que sabiamente o preparou para o propósito ao qual está servindo. 7. De que maneira a natureza do homem, por meio da consciência, demonstra a existência de Deus? O homem dispõe de natureza moral, isto é, a sua vida é regulada por conceitos do bem e do mal. Ele reconhece que há um caminho reto de ação que deve seguir e um caminho errado que deve evitar. Esse conhecimento chama-se "consciência". Ao fazer ele o bem, a consciência o aprova; ao fazer ele o mal, ela o condena. A consciência, seja obedecida ou não, fala com autoridade. Assim disse Butier acerca da consciência: "Se ela tivesse poder na mesma proporção de sua autoridade manifesta, governaria o mundo, isto é, se a consciência tivesse a força de pôr em ação o que ordena, ela revolucionaria o mundo." Mas acontece que o homem é dotado de livre arbítrio e, portanto, pode desobedecer àquela voz íntima. Mesmo estando mal orientada, sem esclarecimento, a consciência ainda fala com autoridade, e faz o homem sentir sua responsabilidade. "Duas coisas me impressionam", declarou Kant, o grande filosofo alemão, "o alto céu estrelado e a lei moral em meu interior." Qual a conclusão que se tira deste conhecimento universal do bem e do mal? Que há um Legislador que idealizou uma norma de conduta para o homem e fez a natureza humana capaz de compreender esse ideal. A consciência não cria o ideal; ela simplesmente testifica acerca dele, registrando a sua conformidade ou não-conformidade. Quem originalmente criou esses dois poderosos conceitos do bem e do mal? Deus, o Justo Legislador! O pecado ofuscou a consciência e quase anulou a lei do ser humano; mas no Monte Sinai Deus gravou essa lei em pedras para que o homem tivesse a lei perfeita para dirigir a sua vida. O fato de que o homem compreende esta lei, e sente a sua responsabilidade para com ela, manifesta a existência dum Legislador que criou o homem com essa capacidade. Qual é a conclusão que podemos tirar desse sentimento de responsabilidade? Que o Legislador é também um Juiz que recompensar os bons e castigar os maus. Aquele que impôs a lei finalmente defenderá essa lei. Não somente a natureza moral do homem, como também todos os aspectos da sua natureza testificam da existência de Deus. Até as religiões mais degradadas demonstram o fato de que o homem, qual cego, tateando, procura algo que sua alma anela. A fome física indica a existência de algo que a possa satisfazer. Quando o homem tem fome, essa fome indica que há alguém ou algo que o possa satisfazer. A exclamação, "a minha alma tem sede de Deus" (Sal. 42: 2 A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me apresentarei ante a face de Deus?), é um argumento a favor da existência de Deus, pois a alma não enganaria o homem com sede daquilo que não existisse. Assim disse certa vez um erudito da igreja primitiva: "Para ti nos fizeste, e nosso coração estará inquieto enquanto não encontrar descanso em ti."
8. Como a atuação divina na história humana prova a existência de Deus? A marcha dos eventos da história universal fornece evidência de um poder e duma providência dominantes. Toda a história bíblica foi escrita para revelar Deus na história, isto é, para ilustrar a obra de Deus nos negócios humanos. "Os princípios do divino governo moral encontram-se na história das nações tanto quanto na experiência dos homens", escreve D. S. Clarke. (Sal. 75:7; Dan. 2:21; 5:21.) "O protestantismo inglês vê a derrota da Armada Espanhola como uma intervenção divina. A colonização dos Estados Unidos por imigrantes protestantes salvou-os da sorte da América do Sul, e desta maneira salvou a democracia. Quem negaria que a mão de Deus estivesse nesses acontecimentos?" A história da humanidade, o surgimento e declínio de nações, como Babilônia e Roma, mostram que o progresso acompanha o uso das faculdades dadas por Deus e a obediência à sua lei, e que o declínio nacional e a podridão moral seguem a desobediência" (D. L. Pierson). A. T. Pierson, em seu livro, "Os Novos Atos dos Apóstolos", expõe as evidências da dominante providência de Deus nas missões evangélicas modernas. Especialmente o modo de Deus tratar com os indivíduos fornece provas de sua ativa presença nos negócios humanos.
9. A crença universal em Deus demonstra o quê? Esta crença universal em Deus é prova de quê? É prova de que a natureza do homem é de tal maneira constituída que é capaz de compreender e apreciar essa idéia, como o expressou certo escritor: "O homem é incuravelmente religioso", que no sentido mais amplo inclui: (1) A aceitação do fato da existência dum ser acima das forças da natureza. (2) Um sentimento de dependência de Deus como quem domina o destino do homem; este sentimento é despertado pelo pensamento de sua própria debilidade e pequenez e pela magnitude do universo. (3) A convicção de que se pode efetuar uma união amistosa e que nesta união ele, o homem, achará segurança e felicidade. Desta maneira vemos que o homem, por natureza, é constituído para crer na existência de Deus, para confiar na sua bondade, e para adorar em sua presença. Este "sentimento religioso" não se encontra nas criaturas inferiores. Por exemplo, perderia seu tempo quem procurasse ensinar religião ao mais elevado dos tipos de símios. Mas o mais inferior dos homens pode ser instruído nas coisas de Deus. Por quê? Falta ao animal a natureza religiosa — não é feito à imagem de Deus; o homem possui natureza religiosa e procura um objeto de adoração.
10. Que é ateísmo? O ateísmo consiste na negação absoluta da idéia de Deus. Alguns duvidam que haja verdadeiros ateus; mas se os houver, é impossível provar que estejam sinceramente buscando a Deus ou que sejam logicamente coerentes. Visto que são os ateus que se opõem às convicções mais profundas e mais fundamentais da raça humana, a responsabilidade de provar a não-existência de Deus recai sobre eles. Não podem sincera e logicamente dizer-se ateus enquanto não apresentarem provas irrefutáveis de que de fato Deus não existe. Inegavelmente, a evidência da existência de Deus ultrapassa de muito a evidência contra a sua existência. Outrossim, mesmo a mais remota possibilidade de que existe um Soberano moral põe sobre o homem imensa responsabilidade, e a conclusão ateísta é inaceitável enquanto a inexistência de Deus não for demonstrada de maneira irrefutável. A posição contraditória ateísta demonstra-se no fato de que muitos ateus, ao se encontrarem em perigo ou em dificuldades, têm orado. Quantas vezes, tempestades e lutas da vida têm varrido seu refúgio teórico, revelando os alicerces espirituais, e demonstrando comportamento humano. Dizemos "humano" porque aquele que nega a existência de Deus abala e suprime os instintos e impulsos mais profundos e nobres da alma. Como disse Pascal: "O ateísmo é uma enfermidade." Quando o homem perde a fé em Deus não é devido aos argumentos ( não importa a lógica aparente com que se apresente a sua negação), mas "a algum desastre, traição, ou negligência íntimos ou algum ácido corrosivo destilado em sua alma que dissolveu a pérola de grande preço". O ateísmo é um crime contra a sociedade, pois destrói o único fundamento da moral e da justiça — um Deus pessoal que põe sobre o homem a responsabilidade de guardar as suas leis. Se não há Deus, então não há lei divina, e todas as leis são do homem. Mas por que se deve proceder legalmente? Por que um homem, ou grupo de homens o ordenam? É possível que haja pessoas dotadas de relativa nobreza de espírito, e que essas façam o bem e sejam direitas, sem, contudo, possuírem crença em Deus, mas para a grande massa da humanidade existe somente uma sanção para fazer o que é reto e isso é — "Assim diz o Senhor", o Juiz dos vivos e dos mortos, o poderoso Governador do destino eterno. Remover isso é destruir os fundamentos da sociedade humana. Comenta James M. Gillis: “O ateu é como um ébrio cambaleante que entra num laboratório de pesquisas e começa a ajuntar certas substâncias químicas que o podem destruir, bem como a tudo ao seu derredor. Na verdade, o ateu está facilitando com forças mais misteriosas e mais poderosas que qualquer coisa que existe nos tubos de ensaios; mais misteriosas do que o muito falado raio da morte. Nem se pode imaginar qual seria o resultado se um ateu realmente extinguisse a fé em Deus; toda a trágica história deste planeta não registra um só evento que ilustre tal cataclismo universal que se verificaria”. O ateísmo é crime contra o homem. Ele procura arrancar do coração do homem o anelo pelas coisas espirituais, sua fome e sede do infinito. Os ateus protestam contra os crimes que se praticaram em nome da religião; reconhecemos que a religião tom sido pervertida pelo sacerdotalismo e eclesiasticismo. Mas procurar apagar a idéia de Deus por ter havido abusos é tão absurdo quanto tentar arrancar o amor do coração humano porque em alguns casos esse amor se desvirtuou.
11. Dar os cinco nomes bíblicos mais comuns de Deus, e uma explicação com respeito a cada um deles. Quem é, e que é Deus? A melhor definição é a que se encontra no Catecismo de Westminster: "Deus é Espírito, infinito, eterno e imutável em seu ser, sabedoria, poder, santidade, justiça, bondade e verdade." A definição bíblica pode formular-se pelo estudo dos nomes de Deus. O "nome" de Deus, nas Escrituras, significa mais do que uma combinação de sons; representa seu caráter revelado. Deus revela-se a si mesmo fazendo-se conhecer ou proclamando o seu nome. (Êxo. 6:3; 33:19; 34:5, 6.) Adorar a Deus é invocar seu nome (Gên. 12:8); temê-lo (Deut. 28:58); louvá-lo (2 Sam. 22:50); glorificá-lo (Sal. 86:9); é sacrilégio tomar seu nome em vão. (Êxo. 20:7), ou profaná-lo ou blasfemá-lo (Lev. 18:21; 24:16). Reverenciar a Deus é santificar ou bendizer seu nome (Mat. 6:9). O nome do Senhor defende o seu povo (Sal. 20:1), e por amor do seu nome não os abandonará (1 Sam. 12:22). Os seguintes nomes de Deus são os mais comuns que encontramos nas Escrituras: (a) Elohim (traduzido "Deus".) Esta palavra emprega-se sempre que sejam descritos ou implícitos o poder criativo e a onipotência de Deus. Elohim é o Deus-Criador. A forma plural significa a plenitude de poder e representa a trindade.
(b)Jeová (traduzido "Senhor" na versão de Almeida.) Elohim, o Deus-Criador, não permanece alheio às suas criaturas. Observando Deus a necessidade entre os homens, desceu para ajudá-los e salvá-los; ao assumir esta relação, ele revela-se a si mesmo como Jeová , o Deus da Aliança. O nome JEOVÁ tem sua origem no verbo SER e inclui os três tempos desse verbo — passado, presente e futuro. O nome, portanto significa: Ele que era, que é e que há de ser; em outras palavras, o Eterno. Visto que Jeová é o Deus que se revela a si mesmo ao homem, o nome significa: Eu me manifestei, me manifesto, e ainda me manifestarei. O que Deus opera a favor de seu povo acha expressão nos seus nomes, e ao experimentar o povo a sua graça, desse povo então pode dizer-se: "conhecem o seu nome." A relação entre Jeová e Israel resume-se no uso dos nomes encontrados nos concertos entre Jeová e seu povo. Aos que jazem em leitos de doença manifesta-se-lhes como JEOVÁ-RAFA, "o Senhor que cura" (Êxo. 15:26). Os oprimidos pelo inimigo invocam a JEOVÁ-NISSI, "o Senhor nossa bandeira" Êxo. 17:8-15). Os carregados de cuidados aprendem que ele é JEOVÁ-SHALOM, "o Senhor nossa paz" (Jui. 6:24). Os peregrinos na terra sentem a necessidade de JEOVÁ-RA'AH, "o Senhor meu pastor" (Sal. 23:1). Aqueles que se sentem sob condenação e necessitados da justificação, esperançosamente invocam a JEOVÁ-TSIDKENU, "o Senhor nossa justiça" (Jer. 23:6). Aqueles que se sentem desamparados aprendem que ele é JEOVÁ-JIREH, "o Senhor que provê" (Gên. 22:14). E quando o reino de Deus se houver concretizado na terra, será ele conhecido como JEOVÁ-SHAMMAH, "o Senhor está ali" (Ezeq. 48:35).
(c) El (Deus) é usado em certas combinações: EL-ELYON (Gên. 14:18-20), o "Deus altíssimo", o Deus que é exaltado sobre tudo o que se chama deus ou deuses. EL-SHADDAI, "o Deus que é suficiente para as necessidades do seu povo" (Êxo. 6:3). EL-OLAM, "o eterno Deus" (Gên. 21:33). (*)
(d)Adonai significa literalmente "Senhor" ou "Mestre" e dá a idéia de governo e domínio. (Êxo. 23:17; Isa. 10:16, 33.) Por causa do que Deus é e do que tem feito, ele exige o serviço e a lealdade do seu povo.Este nome no Novo Testamento aplica-se ao Cristo glorificado.
(e) Pai, emprega-se tanto no Antigo como no Novo Testamento. Em significado mais amplo o nome descreve a Deus como sendo a Fonte de todas as coisas e Criador do homem; de maneira que, no sentido criativo, todos podem considerar-se geração de Deus. (Atos 17:28.) Todavia, esta relação não garante a salvação. Somente aqueles que foram vivificados e receberam nova vida pelo seu Espírito são seus filhos no sentido intimo da salvação. (João 1:12, 13.)
Bibliografia: Pearlman, Myer. Conhecendo as Doutrinas da Bíblia / Tradução: Lawrence Olson : Editora Vida, 2006.
Estudo compilado por Carlos Pires em 17/07/2015.