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  • Estudo dos 500 Anos da Reforma Protestante - Solus Christus (parte 2)

    08/10/2017 por

    Solus Christus – Somente Cristo – Parte 2 A suficiência de Cristo para a salvação Texto Básico: Atos 4.5-22

    Expiação, teorias da

    Tanto o AT quanto o NT afirmam que o pecado fez romper o relacionamento de entre Deus e a humanidade. De acordo com a teologia cristã, Deus providenciou um meio de restauração por intermédio da morte de Cristo: a expiação que cobre o pecado do ser humano. Embora as Escrituras não expliquem claramente como essa expiação se efetua, entre as TEORIAS DA EXPIAÇÃO temos: 1) pela influência moral—a morte de Cristo atua como exemplo positivo do amor em ação; 2) pelo resgate (Christus victor)—Cristo é o resgate que compra os pecadores de Satanás ou que ganha a vitória sobre o mal; 3) pela compensação—a morte de Cristo restaurou a honra devida a Deus que foi usurpada pelo pecado humano e 4) pela substituição penal—juridicamente, Cristo ocupou o lugar dos pecadores, carregando a justa punição que merecíamos por quebrar as leis divinas. Há controvérsias entre os estudiosos da Bíblia quanto à tradução dos termos gregos derivados de hilaskomai. Ou devem ser traduzidos por “PROPICIAÇÃO”, indicando o afastamento da ira divina, ou por “expiação”, assinalando o sentido de cobrir pecados ou saldar dívidas. Hilaskomai às vezes é também traduzido simplesmente por “propiciatório”. (Dicionário de Teologia – Ed. Vida)

    Expiação, Dia da

    Entre os filhos de Israel, esse era o grande dia de humilhação nacional. Em Lv 16, há a descrição de como observar essa manifestação de dor e de arrependimento. As vítimas que se ofereciam estão enumeradas em Nm 29.7-11, e a conduta do povo está enfaticamente prescrita em Lv 23.26-32 e Nm 29. 7-11. Esse dia, um sábado de descanso para os israelitas, era o décimo do sétimo mês, cinco dias antes da Festa dos Tabernáculos. O sumo sacerdote só podia entrar no Santo dos Santos no Dia da Expiação. Uma parte importante da cerimônia constava da apresentação de dois bodes à porta do tabernáculo. Eram lançadas sortes: um dos bodes era morto e, com seu sangue, espargia-se o propiciatório; o outro, o bode emissário, era levado para o deserto. O bode que devia morrer era “para oferecer ao Senhor”, e o mandado para o deserto era “para Azazel*” (Levítico 16:8 Deitará sortes sobre os dois bodes; uma "para Jeová", e outra "para Azazel".TB).

    *AZAZEL—O termo ‘azazel/ (em nossa versão, “bode emissário”) ocorre somente na descrição sobre o Dia da Expiação (Lv 16.8, 1(duas vezes), 26). Há quatro interpretações possíveis: 1. A palavra denota o “bode emissário”, e pode ser explicada como “o bode (´ez) que se vai (de ´azal)”. 2. É usada como infinitivo, “a fim de remover”; cf. o árabe ´azala, , “remover”. 3. Significa uma região desolada (cf. Lv 26.22). 4. É o nome de um demônio que vagueava naquela região, derivado de ´azaz, “ser forte” e de ´el, “Deus”. A maioria dos eruditos prefere esta última possibilidade, já que o v. 8 o nome aparece em paralelismo ao nome do Senhor. Como anjo caído, Azazel é frequentemente mencionado no livro apócrifo de Enoque (6.6 em diante) mas provavelmente o autor do livro adquiriu essa ideia de Lv 16. O significado do ritual deve ser que o pecado, de maneira simbólica, foi removido da sociedade humana e levado para a região da morte (cf. Mq 7.19). Não é subentendido que um sacrifício que um sacrifício fosse apresentado ao demônio (cf. Lv 17.7)..[A. van S.]

    Há muita discussão a respeito da interpretação que se deve dar a Azazel; mas é claro que nesse ato simbólico, os pecados do povo eram levados para o deserto. A especial virtude expiatória era simbolizada pelo bode emissário. Além disso, as vestes brancas do sumo sacerdote e sua entrada no Santo dos Santos tinha um sentido profundamente evangelístico, conforme o autor da Epístola aos Hebreus explica (Hb 9.7.28). O sumo sacerdote já purificado e vestido de roupas alvas, era, na sua pessoa e na sua aparência exterior, o melhor tipo que um homem santo podia apresentar daquele ser puro e santo que deveria limpar seu povo e purifica-lo de seus pecados. Os pecados eram simbolicamente lançados sobre as costas dos bodes, como, na verdade, haveriam de ser realmente lançados sobre Cristo em dias futuros. [Dicionário Bíblico Universal] A EXPIAÇÃO: UM ENSINAMENTO BÍBLICO

    Expiação é o termo técnico para a obra de Cristo. Refere-se à reconciliação entre Deus e o homem, particularmente ao meio pelo qual eles se reconciliam.

    Lutero (1483-1546) e a visão penal

    Martinho Lutero é por direito um dos nomes mais honrados da história da igreja. Em toda sua vida demonstrou a necessidade premente de uma verdadeira doutrina da expiação e os desastres que sobrevêm à igreja quando ela perde o contato com o evangelho bíblico. Como monge agostiniano, Lutero lutou durante anos com o problema de sua salvação pessoal, esforçando-se constantemente para merecê-la mediante várias penitências, orações, sacramentos e boas obras prescritas pela igreja católica. Mas somente quando examinou as Escrituras e os ensinos de Paulo sobre a justiça pela fé em Cristo (justificação, Rm 1.l17) teve o discernimento que lhe trouxe paz. Seus conhecidos refrões, somente pela fé, somente pela graça, somente pela Escritura, levaram-no a um confronto contra o escandaloso comércio de indulgências se transformasse em ampla controvérsia a respeito do evangelho propriamente dito. O cristianismo dividiu-se e surgiram então na história as grandes igrejas protestantes que restauraram o evangelho bíblico da graça. Na geração seguinte, Calvino construiu sobre a posição heroica de Lutero e expôs sobre a teologia da Reforma em termos mais sistemáticos. A Reforma considerava o pecado como uma contravenção da lei moral que, em análise final, é correlativa com o caráter eterno de Deus; a expiação é um ato de amor redentivo em que Deus toma sobre si, em Cristo, a penalidade e juízo de nosso pecado, obtendo assim para nós o perdão de toda culpa e o dom gratuito da retidão diante de Deus, através da fé em Cristo, que levou sobre si os nosso pecados. Os reformadores também buscaram contrabalançar o perigo de objetivar excessivamente a obra de Cristo. Lutero, por exemplo, insistiu em que, embora a justificação seja só pela fé, a fé jamais fica só, sendo sempre seguidas pelas obras do amor. Calvino deu a isso uma base teológica mais completa, ensinando sobre a fé, como “união de fé” com Cristo. Nossa retidão é só e unicamente aquela de Cristo, imputada a nós; em nada contribuímos para ela. Mas os crentes em Cristo são unidos a ele, de modo que a justificação acha-se indissoluvelmente ligada à santificação: o povo de Deus é moralmente transformado mediante sua união com Cristo pela fé.

    MEDIADOR

    Pessoa cuja função é RECONCILIAR partes. Cristo é o mediador da nova ALIANÇA, através de quem Deus e as pessoas são reconciliados {#/ RA Is 42.6; 1Tm 2.5; Hb 8.6; 9.15}.

    Isaías 42:6 Eu, o SENHOR, te chamei em justiça, tomar-te-ei pela mão, e te guardarei, e te farei mediador da aliança com o povo e luz para os gentios; 1 Timóteo 2:5 Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem, Hebreus 8:6 Agora, com efeito, obteve Jesus ministério tanto mais excelente, quanto é ele também Mediador de superior aliança instituída com base em superiores promessas. Hebreus 9:15 Por isso mesmo, ele é o Mediador da nova aliança, a fim de que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia sob a primeira aliança, recebam a promessa da eterna herança aqueles que têm sido chamados.

    RECONCILIAR

    Fazer as pazes {#Mt 5.24; 2Co 5.18-20}.

    Mateus 5:24 deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem, e apresenta a tua oferta. 2 Coríntios 5:18 E tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, 2 Coríntios 5:19 isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados, e pôs em nós a palavra da reconciliação. 2 Coríntios 5:20 De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamos-vos, pois, da parte de Cristo que vos reconcilieis com Deus.

    ALIANÇA

    1) Acordo que Deus, por causa do seu amor {#Dt 7.8-9}, fez com o seu povo. Essa aliança (trato, pacto, contrato, concerto-RC) consiste no seguinte: o Eterno, cumprindo sua promessa aos patriarcas {#Gn 17.1-8; 28.13-15}, era o Deus de Israel, e Israel era o povo do Deus Eterno {#Êx 6.7; 19.4-6}. Deus abençoava o povo, e este, por sua vez, lhe obedecia {#Dt 7.7-11}. Em cumprimento à palavra profética {#Jr 31.31-34}, Deus fez uma nova aliança (testamento), que foi confirmada ou selada pela morte de Cristo {#Mc 14.24; Hb 8.6-13; 9.16-22}. O povo de Deus é perdoado dos seus pecados {#Rm 11.26-27}, recebe bênçãos eternas {#Hb 9.15} e vive uma vida de dedicação a ele {#Hb 10.19-25} e ao seu serviço {#2Co 3.6}.

    2) Contrato feito por autoridades de uma ou mais nações ou cidades-estado, acertando condições de paz, ajuda mútua, comércio, etc. {#1Sm 11.1}.

    3) Trato feito entre pessoas {#2Sm 3.12}.

    CRISTO, O MEDIADOR —Sua Pessoa

    1 Timóteo 2:5 Porque [há] um [só] Deus e um [só] mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem,

    Repare que esse versículo diz existir um só mediador entre Deus e o homem. Esse mediador é o home Cristo Jesus. Não há vários mediadores possíveis; Jesus Cristo é o único. Ele é o único intercessor possível entre Deus, o Pai, e o homem.

    (1) A Bíblia nos ensina que Jesus Cristo é Deus, tão Deus quanto é Deus, o Pai. A segunda pessoa da Trindade era Deus antes de nascer de Maria; era Deus enquanto se encontrava na terra; e é Deus agora. Também vimos que a segunda pessoa da Trindade é distinta da primeira pessoa da Trindade, o Pai, e da terceira pessoa da Trindade, o Espírito Santo. (2) A Bíblia também nos ensina que Jesus Cristo é verdadeiramente homem. Em nossos dias, a maior parte das heresias nega a verdadeira divindade de Cristo, mas na igreja primitiva a heresia mais comum era a negação da verdadeira humanidade de Jesus. Devemos nos lembrar de que do ponto de vista de Deus, é muito mais maravilhoso que a segunda pessoa da Trindade se torne homem que o fato de ela ser Deus. Jesus é Deus desde a eternidade; ele se tornou home ao nascer.

    Mateus 4:2 e, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome;

    Cristo teve fome.

    Mateus 8:24 E eis que, no mar, se levantou [uma] tempestade tão grande, que o barco era coberto pelas ondas; ele, porém, estava dormindo.

    Ele dormiu.

    Mateus 26:38 Então, lhes disse: A minha alma está cheia de tristeza até à morte; ficai aqui e vigiai comigo.

    Jesus Cristo tinha alma e corpo.

    Lucas 1:32 Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai,

    De acordo com a natureza humana, Cristo descendia de uma família humana.

    Lucas 2:40 E o menino crescia e se fortalecia em espírito, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele. Lucas 2:52 E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens.

    Ele cresceu em sentido físico e mental.

    Lucas 22:44 E, posto em agonia, orava mais intensamente. E o seu suor tornou-se em grandes gotas de sangue que corriam até ao chão.

    Cristo sofreu angústia.

    Lucas 23:46 E, clamando Jesus com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isso, expirou.

    Ele morreu.

    Lucas 24:39 Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; tocai-me e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho.

    Depois da ressurreição, ele ainda tinha um corpo de verdade.

    João 11:33 Jesus, pois, quando a viu chorar e também chorando os judeus que com ela vinham, moveu-se muito em espírito e perturbou-se. João 11:35 Jesus chorou.

    Jesus chorou.

    João 19:28 Depois, sabendo Jesus que já todas [as coisas] estavam terminadas, para que a Escritura se cumprisse, disse: Tenho sede.

    Cristo sofreu sede.

    João 19:34 Contudo, um dos soldados lhe furou o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água.

    Romanos 5:15 Mas não é assim o dom gratuito como a ofensa; porque, se, pela ofensa de um, morreram muitos, muito mais a graça de Deus e o dom pela graça, [que é] de um só homem, Jesus Cristo, abundou sobre muitos.

    Adão era um homem, e Cristo foi um homem.

    Gálatas 4:4 mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei,

    Esse versículo nos diz que Deus, o Pai, enviou seu Filho, e que ele, o Filho, nasceu de uma mulher—como todos nós nascemos.

    1 Timóteo 3:16 E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: Aquele que se manifestou em carne foi justificado em espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo [e recebido] acima, na glória.

    Esse versículo nos diz que Deus revelou a si mesmo em carne. Quando os homens olhavam para Jesus Cristo, viam uma só pessoa, mas ele possuía duas naturezas. Ele é verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem.

    Hebreus 2:14 E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que, pela morte, aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo, Hebreus 2:18 Porque, naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados.

    Deus se tornou homem para se transformar em nosso mediador.

    Hebreus 4:15 Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém [um] que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.

    Nosso mediador sabe como nós nos sentimos, até mesmo quando somos tentados.

    1 João 4.1, 2: 1 Amados, não creiais em todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo. 2 Nisto conhecereis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus;

    A Bíblia diz ser de extrema importância crer na pré-existência de Jesus e que ele, em um ponto da história, veio como homem. Nessa passagem, somos informados de que esse ponto é o teste para professores de religião, espíritos e sistemas. Se eles não ensinarem a pré-existência de Jesus, e que ele se tornou um homem de verdade, não são cristãos.

    (3) Como o Filho Único de Deus se tornou homem?

    Isaías 7:14 Portanto, o mesmo Senhor vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz [um] filho, e será o seu nome Emanuel.

    Setecentos anos antes do nascimento de Jesus, foi profetizado que ele nasceria de uma virgem. Veja Mateus 1.23 (Mateus 1:23 Eis que a virgem conceberá e dará à luz [um] filho, e ele será chamado pelo nome de EMANUEL. (EMANUEL traduzido é: Deus conosco).). A palavra grega usada em Mateus significa apenas “virgem” no sentido normal do vocábulo.

    Gálatas 4:4 mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei,

    Repare na afirmação de Paulo: Cristo nasceu de uma mulher. Nesse importante versículo que lida com a encarnação, não se menciona nenhum pai, e esse não era costume judaico se ele tivesse pai humano.

    Gênesis 3:15 E porei inimizade entre ti e a mulher e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.

    Na primeira promessa sobre o Salvador vindouro, menciona-se a semente da mulher. Mas não há menção do pai.

    Lucas 1.27-38: 27 a uma virgem desposada com um varão cujo nome era José, da casa de Davi; e o nome da virgem era Maria. 28 E, entrando o anjo onde ela estava, disse: Salve, agraciada; o Senhor é contigo; bendita és tu entre as mulheres. 29 E, vendo-o ela, turbou-se muito com aquelas palavras e considerava que saudação seria esta. 30 Disse-lhe, então, o anjo: Maria, não temas, porque achaste graça diante de Deus, 31 E eis que em teu ventre conceberás, e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de Jesus. 32 Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai, 33 e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu Reino não terá fim. 34 E disse Maria ao anjo: Como se fará isso, visto que não conheço varão? 35 E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; pelo que também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus. 36 E eis que também Isabel, tua prima, concebeu um filho em sua velhice; e é este o sexto mês para aquela que era chamada estéril. 37 Porque para Deus nada é impossível. 38 Disse, então, Maria: Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo ausentou-se dela.

    É interessante o fato de Lucas ser médico, e de ele apresentar mais detalhes a respeito do nascimento virginal de Cristo. Repare no versículo 34.

    Mateus 1.18-25: 18 Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, achou-se ter concebido do Espírito Santo. 19 Então, José, seu marido, como era justo e a não queria infamar, intentou deixá-la secretamente. 20 E, projetando ele isso, eis que, em sonho, lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo. 21 E ela dará à luz um filho, e lhe porás o nome de JESUS, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados. 22 Tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor pelo profeta, que diz: 23 Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de EMANUEL. (EMANUEL traduzido é: Deus conosco). 24 E José, despertando do sonho, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu a sua mulher, 25 e não a conheceu até que deu à luz seu filho, o primogênito; e pôs-lhe o nome de JESUS.

    José seria a pessoa que teria mais a perder se Jesus não tivesse nascido de uma virgem. No entanto, ele estava convencido de que Maria não lhe fora infiel, de que a criança não tinha pai humano, e de que apenas Deus era o pai da criança. O fato de José ter se convencido, depois da suspeição inicial em relação a Maria, é um forte testemunho a favor do nascimento virginal.

    Assim, a respeito da pessoa de Cristo, o mediador: ele sempre foi Deus. Desde o momento em que Maria o trouxe ao mundo no nascimento virginal, na encarnação, ele é uma pessoa com duas naturezas: verdadeiramente Deus e homem para sempre. Essa é a identidade do nosso mediador. Não existe outro.

    CRISTO, O MEDIADOR —Sua Obra: Profeta

    Quando pensamos na obra de Cristo como mediador, é comum nos recordarmos de sua morte. Isso é especialmente verdadeiro em nossos dias pelo fato de várias pessoas que se afastaram do ensino da Bíblia darem ênfase especial aos aspectos morais do cristianismo. Portanto, nossa reação deve ser falar de forma adequada a respeito da morte de Cristo. A Bíblia nos ensina que a obra de Cristo consiste em três partes.

    Primeira, Cristo é profeta. O profeta é quem revela as coisas de Deus aos homens. Trata-se da concessão de conhecimento verdadeiro e propositivo.

    Lucas 13:33 Importa, porém, caminhar hoje, amanhã e no [dia] seguinte, para que não suceda que morra um profeta fora de Jerusalém.

    Cristo afirma aqui ser profeta.

    Deuteronômio 18:18 [Eis que] lhes suscitarei um profeta do meio de seus irmãos, como tu, e porei as minhas palavras na sua boca, e ele lhes falará tudo o que eu lhe ordenar.

    O AT disse que o Messias vindouro seria profeta.

    Compare essa passagem com “Atos 3.22, 23: 22 Porque Moisés disse: O Senhor, vosso Deus, levantará dentre vossos irmãos um profeta semelhante a mim; a ele ouvireis em tudo quanto vos disser. 23 E acontecerá que toda alma que não escutar esse profeta será exterminada dentre o povo.”, que anuncia o cumprimento dessa profecia por Cristo.

    João 1:18 Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, este o fez conhecer.

    No entanto, Cristo não é apenas profeta. Ele é profeta de um tipo único, pois se trata da pessoa da divindade que revela o Deus trino ao homem.

    João 1.1, 2: 1 No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. 2 Ele estava no princípio com Deus.

    Aqui Cristo é chamado “o Verbo” (cf. 1.14, 15: 14 E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade. 15 João testificou dele e clamou, dizendo: Este era aquele de quem eu dizia: o que vem depois de mim é antes de mim, porque foi primeiro do que eu.). Isso siginifca ser ele quem revela a verdade aos homens. Os versículos 14 e 15 tornam claro que “o Verbo” é Jesus Cristo.

    Colossenses 2:9 porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade.

    Quando ainda estava na terra, Cristo revelou o Deus trino aos homens. Quando pensamos em Cristo, somos capazes de aprender a respeito do caráter de Deus; e Cristo ensinou aos homens fatos a respeito do passado, presente e futuro por meio de suas palavras.

    1 João 5:20 E sabemos que [já] o Filho de Deus é vindo e nos deu entendimento para conhecermos o que é verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, [isto é,] em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna.

    Cristo se encarnou para nos conceder verdadeiro conhecimento.

    João 14:26 Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito. João 16.12-14: 12 Ainda tenho muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora. 13 Mas, quando vier aquele Espírito da verdade, ele vos guiará em toda a verdade, porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir. 14 Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar.

    Aqui Cristo promete continuar concedendo conhecimento aos homens por meio do Espírito Santo vindouro—depois de sua morte, ressurreição e ascensão.

    CRISTO, O MEDIADOR —Sua Obra: Sacerdote

    Desde a queda do home no pecado, ele precisa de algo mais que o conhecimento. Ele também carece de santidade e justiça. Portanto, não só age como profeta, ao nos conceder conhecimento, mas também age como sacerdote. Sendo sacerdote, ele remove de nós a culpa do pecado e obtém para nós santidade e justiça verdadeiras.

    Salmos 110:4 Jurou o SENHOR e não se arrependerá: Tu [és] um sacerdote eterno, segundo a ordem de Melquisedeque.

    Essa profecia do AT prediz que na vinda do Messias, ele realizaria a função sacerdotal.

    Marcos 10:45 Porque o Filho do Homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos.

    Cristo veio para morrer. Essa era sua grande obra sacerdotal.

    João 1:29 No dia seguinte, João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.

    João chamou Cristo de “o Cordeiro de Deus”; isso significa que Cristo morreria para eliminar a culpa que nos pertence pelos nossos pecados. Com a expressão “Cordeiro de Deus”, João também nos mostrou que o sistema de sacrifícios do AT era um tipo ou uma ilustração da obra que Cristo realizaria a nosso favor de forma completa e final mediante sua morte. Os sacrifícios do AT apontavam para o ato de sua morte.

    1 Coríntios 5:7 Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais [uma] nova massa, assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós.

    Cristo é chamado aqui de nosso “Cordeiro pascal”, e ele morreu por nós. O cordeiro pascal de Êxodo 12 era um tipo ou uma ilustração da obra que Cristo faria a favor dos que creem nele.

    Efésios 5:2 e andai em amor, como também Cristo vos amou e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave.

    Esse versículo diz de modo específico que Cristo entregaria a si mesmo, por meio de sua morte, como oferta e sacrifício.

    Hebreus 3:1 Pelo que, irmãos santos, participantes da vocação celestial, considerai a Jesus Cristo, apóstolo e sumo sacerdote da nossa confissão,

    O livro de Hebreus apresenta mais detalhes a Respeito da obra sacerdotal de Cristo que qualquer outro livro escrito bíblico. O versículo afirma que Cristo é nosso sumo sacerdote.

    Hebreus 4:14 Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão. Hebreus 6:20 onde Jesus, [nosso] precursor, entrou por nós, feito eternamente sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque.

    Cristo não foi nosso sumo sacerdote apenas quando esteve na terra; ele é agora e para sempre.

    Hebreus 5:5 Assim, também Cristo não se glorificou a si mesmo, para se fazer sumo sacerdote, mas [glorificou] aquele que lhe disse: Tu és meu Filho, hoje te gerei.

    Sendo sacerdote, Cristo cumpriu a profecia de Salmos 110.4 (Salmos 110:4 Jurou o SENHOR e não se arrependerá: Tu [és] um sacerdote eterno, segundo a ordem de Melquisedeque.).

    Hebreus 7.26, 27: 26 Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores e feito mais sublime do que os céus, 27 que não necessitasse, como os sumos sacerdotes, de oferecer cada dia sacrifícios, primeiramente, por seus próprios pecados e, depois, pelos do povo; porque isso fez ele, uma vez, oferecendo-se a si mesmo.

    A obra de Cristo como sumo sacerdote é diferente da atuação dos sacerdotes do AT em três aspectos: 1) Ele é perfeito e sem pecado. 2) Ele realizou um sacrifício que jamais precisará ser repetido 3) O sacrifício oferecido por ele foi sua própria pessoa

    Hebreus 8:1 Ora, a suma do que temos dito é [que] temos um sumo sacerdote tal, que está assentado nos céus à destra do trono da Majestade,

    Desde a ascensão de Cristo, nosso sumo sacerdote, ele se encontra à direita de Deus, o Pai.

    Hebreus 9.11-15: 11 Mas, vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação, 12 nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção. 13 Porque, se o sangue dos touros e bodes e a cinza de uma novilha, esparzida sobre os imundos, os santificam, quanto à purificação da carne, 14 quanto mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará a vossa consciência das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo? 15 E, por isso, é Mediador de um novo testamento, para que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia debaixo do primeiro testamento, os chamados recebam a promessa da herança eterna.

    Mais uma vez as Escrituras enfatizam que o sacrifício consistia no próprio Cristo, e que assim que esse sacrifício foi realizado, não há necessidade de repetição. Sendo Deus, o sacrifício de Cristo (sua morte) possui valor infinito.

    Hebreus 9.25-28: 25 nem também para a si mesmo se oferecer muitas vezes, como o sumo sacerdote cada ano entra no Santuário com sangue alheio. 26 Doutra maneira, necessário lhe fora padecer muitas vezes desde a fundação do mundo; mas, agora, na consumação dos séculos, uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo. 27 E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo, depois disso, o juízo, 28 assim também Cristo, oferecendo-se uma vez, para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para a salvação.

    De novo se destaca que o sacrifício de Cristo é único e exclusivo. Da mesma forma que os homens morrem apenas uma vez, não pode haver repetição do sacrifício de Cristo (e não há necessidade disso).

    Hebreus 10.11-14: 11 E assim todo sacerdote aparece cada dia, ministrando e oferecendo muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca podem tirar pecados; 12 mas este, havendo oferecido um único sacrifício pelos pecados, está assentado para sempre à destra de Deus, 13 daqui em diante esperando até que os seus inimigos sejam postos por escabelo de seus pés. 14 Porque, com uma só oblação, aperfeiçoou para sempre os que são santificados.

    O sacrifício foi oferecido uma vez por todas. Por causa da identidade de Cristo, o sumo sacerdote, sua oferta simples e única (sua morte) é suficiente.

    Hebreus 10.19-22: 19 Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no Santuário, pelo sangue de Jesus, 20 pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne, 21 e tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus, 22 cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé; tendo o coração purificado da má consciência e o corpo lavado com água limpa,

    Uma vez que tenhamos recebido Jesus como nosso Salvador, podemos ter confiança na presença do Deus santo.

    1 Pedro 3:18 Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito,

    Em grego a palavra usada significa de forma inequívoca “uma vez por todas”. Assim Pedro está dizendo que o sacrifício de Cristo não pode, e não precisa, ser repetido. A partir da consideração desse versículo e dos precedentes , é evidente que Cristo como nosso sacerdote entregou a si mesmo como sacrifício na cruz, do Calvário em certo ponto da história no espaço e no tempo, de modo que ele pudesse carregar de uma vez por todas a punição merecida por nós devido à culpa do nosso pecado.

    1 João 2:1 Meus filhinhos, estas [coisas] vos escrevo para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo.

    Depois da aceitação de Cristo como nosso Salvador, devemos nos esforçar para não pecarmos. Mas se pecarmos, Cristo se encontra à destra de Deus, o Pai, como nosso advogado. O sacrifício de Cristo na cruz foi completo; ele agora dá continuidade à sua atuação como sumo sacerdote ao interceder por nós no céu. Lembre-se de Hebreus 4.14 e 6.20: Hebreus 4:14 Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão. Hebreus 6:20 onde Jesus, [nosso] precursor, entrou por nós, feito eternamente sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque.

    Hebreus 9:24 Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer, por nós, perante a face de Deus;

    Cristo está no céu, na presença do Pai, por nós.

    Hebreus 7:25 Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles.

    Dada a perfeição do sacrifício de Cristo, ele continua sua obre como sacerdote e é capaz de nos salvar de forma plena e para sempre.

    João 17:19 E por eles me santifico a mim mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade.

    Esta é a oração que Jesus fez como sumo sacerdote um pouco antes de morrer. Nesse versículo vemos que Cristo não intercede por todas as pessoas. Ele ora apenas por quem, pela graça de Deus, o aceitou como seu Salvador.

    João 17:20 Eu não rogo somente por estes, mas também por aqueles que, pela sua palavra, hão de crer em mim;

    Cristo intercedia nesse momento, e o fazia agora no céu. Ele intercede por todos os que nele creram com base no relato de suas primeiras testemunhas. Esse relato é apresentado no NT em conexão com o AT.

    Romanos 8:34 Quem os condenará? Pois é Cristo quem morreu ou, antes, quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós.

    Uma vez que tenhamos recebido Cristo como nosso Salvador, nem Satanás, nem o homem podem nos condenar de forma absoluta, porque Cristo morreu por nós e agora intercede a nosso favor.

    A intercessão de Cristo no céu se baseia na expiação substitutiva por ele provida ao morrer na cruz em nosso lugar. Sua intercessão por nós jamais falha, porque mediante sua morte ele merece receber tudo o que pede por nós. Jesus é o nosso sacerdote; não precisamos de outro.

    CRISTO, O MEDIADOR —Sua Obra: Rei

    Gênesis 49:10 O cetro não se arredará de Judá, nem o legislador dentre seus pés, até que venha Siló; e a ele se congregarão os povos.

    Temos aqui a primeira promessa de que o Messias vindouro seria um rei.

    2 Samuel 7:16 Porém a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu trono será firme para sempre. Mateus 1:1 Livro da geração de Jesus Cristo, Filho de Davi, Filho de Abraão. Mateus 22:42 dizendo: Que pensais vós do Cristo? De quem é filho? Eles disseram-lhe: De Davi.

    Aqui o Senhor diz a Davi que o Messias vindouro provirá de um de seus descendentes. Portanto, o Messias procederá da linhagem real.

    Salmos 2:6 Eu, porém, ungi o meu Rei sobre o meu santo monte Sião.

    Mais uma vez se vê o Messias como rei.

    Isaías 9.6, 7: 6 Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. 7 Do incremento deste principado e da paz, não haverá fim, sobre o trono de Davi e no seu reino, para o firmar e o fortificar em juízo e em justiça, desde agora e para sempre; o zelo do SENHOR dos Exércitos fará isto.

    É comum usarmos esses versículos como um dos versículos natalinos. Mas repare que ele diz de maneira específica que o Messias procederá da linhagem de Davi; ele será rei.

    Miquéias 5:8 E o resto de Jacó estará entre as nações, no meio de muitos povos, como um leão entre os animais do bosque, como um leãozinho entre os rebanhos de ovelhas, o qual, quando passar, as pisará e despedaçará, sem que haja quem [as] livre.

    Esse versículo confirma o mesmo ponto: o Messias será o governante.

    Lucas 1.31-33: 31 E eis que em teu ventre conceberás, e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de Jesus. 32 Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai, 33 e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu Reino não terá fim.

    O anjo promete a Maria que o menino que nascerá dela será o Salvador (seu nome será “Jesus”). Ele será o Filho do Altíssimo, e sua ascendência humana pertencerá à família de Davi. Ele será rei.

    João 18:37 Disse-lhe, pois, Pilatos: Logo tu és rei? Jesus respondeu: Tu dizes que eu sou rei. Eu para isso nasci e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz.

    Jesus reconhece aqui, diante de Pilatos , ser o rei.

    João 19.2, 3, 12, 14, 15, 19, 21, 22: 2 E os soldados, tecendo uma coroa de espinhos, lha puseram sobre a cabeça e lhe vestiram uma veste de púrpura. 3 E diziam: Salve, rei dos judeus! E davam-lhe bofetadas. 12 Desde então, Pilatos procurava soltá-lo; mas os judeus gritavam, dizendo: Se soltas este, não és amigo do César! Qualquer que se faz rei é contra o César! 14 E era a preparação da Páscoa e quase à hora sexta; e disse aos judeus: Eis aqui o vosso rei. 15 Mas eles bradaram: Tira! Tira! Crucifica-o! Disse-lhes Pilatos: Hei de crucificar o vosso rei? Responderam os principais dos sacerdotes: Não temos rei, senão o César. 19 E Pilatos escreveu também um título e pô-lo em cima da cruz; e nele estava escrito: JESUS NAZARENO, REI DOS JUDEUS. 21 Diziam, pois, os principais sacerdotes dos judeus a Pilatos: Não escrevas, Rei dos judeus, mas que ele disse: Sou Rei dos judeus. 22 Respondeu Pilatos: O que escrevi escrevi.

    Quando as pessoas zombavam de Jesus, desprezavam seu caráter régio. O versículo 12 parece indicar que se ele tivesse rejeitado essa afirmação, o caso contra ele teria sucumbido.

    Atos 17:7 os quais Jasom recolheu. Todos estes procedem contra os decretos de César, dizendo que há outro rei, Jesus.

    Depois de sua morte e ressurreição, os seguidores de Jesus continuavam ensinando que ele era rei.

    Cristo é rei de três maneiras:

    1) Agora Cristo é o cabeça de todas as coisas

    Mateus 28:18 E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra.

    Cristo detém nesse momento todo o poder no céu e na terra.

    Efésios 1.20-22 20 que manifestou em Cristo, ressuscitando-o dos mortos e pondo-o à sua direita nos céus, 21 acima de todo principado, e poder, e potestade, e domínio, e de todo nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro. 22 E sujeitou todas as coisas a seus pés e, sobre todas as coisas, o constituiu como cabeça da igreja,

    Cristo hoje, à destra de Deus, o Pai, é o cabeça de todas as coisas na igreja.

    2) A segunda vinda de Cristo

    Hebreus 2:8 Todas [as coisas] lhe sujeitaste debaixo dos pés. Ora, visto que lhe sujeitou todas [as coisas,] nada deixou que lhe não esteja sujeito. Mas, agora, ainda não vemos que todas [as coisas] lhe estejam sujeitas;

    Virá o tempo em que Cristo regerá de uma forma diferente de como ele governa agora. Veja também 1 Coríntios 15.24, 25:

    1 Coríntios 15.24, 25 24 Depois, virá o fim, quando tiver entregado o Reino a Deus, ao Pai, e quando houver aniquilado todo império e toda potestade e força. 25 Porque convém que reine até que haja posto a todos os inimigos debaixo de seus pés.

    Atos 1.6, 7 6 Aqueles, pois, que se haviam reunido perguntaram-lhe, dizendo: Senhor, restaurarás tu neste tempo o reino a Israel? 7 E disse-lhes: Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder.

    Um pouco antes da ascensão de Cristo, pediram-lhe o estabelecimento de seu reino sobre a terra. Sua resposta não foi negativa; ele disse que o tempo ainda não havia chegado.

    1 Timóteo 6.14, 15 14 que guardes este mandamento sem mácula e repreensão, até à aparição de nosso Senhor Jesus Cristo; 15 a qual, a seu tempo, mostrará o bem-aventurado e único poderoso Senhor, Rei dos reis e Senhor dos senhores;

    Quando Cristo voltar, então ele será o Rei dos reis e Senhor dos senhores de uma nova maneira.

    Mateus 25.31-34 31 E, quando o Filho do Homem vier em sua glória, e todos os santos anjos, com ele, então, se assentará no trono da sua glória; 32 e todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas. 33 E porá as ovelhas à sua direita, mas os bodes à esquerda. 34 Então, dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o Reino que vos está preparado desde a fundação do mundo;

    Quando Cristo voltar ele julgará como rei.

    Apocalipse 17:14 Estes combaterão contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, porque é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; vencerão os que estão com ele, chamados, eleitos e fiéis. Apocalipse 19:16 E na veste e na sua coxa tem escrito este nome: REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES.

    Mais uma vez se vê Cristo em sua volta como Rei dos reis e Senhor dos senhores. A Bíblia nos diz, que dessa vez todo joelho se dobrará diante dele (Filipenses 2.10, 11: 10 para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, 11 e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai.). Isso não significa que todo joelho desejará se dobrar diante dele, mas que todo joelho necessariamente será dobrado ainda que o coração pecaminoso do indivíduo se mantenha rebelado contra ele.

    3) Cristo, o rei da vida de todos nós

    Colossenses 1:13 Ele nos tirou da potestade das trevas e nos transportou para o Reino do Filho do seu amor,

    Quando aceitamos Jesus como nosso Salvador, afastamo-nos do poder das trevas e ingressamos no reino de Cristo. Assim, nós que recebemos Cristo nos encontramos agora em seu reino.

    Efésios 5.23, 24 23 porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo. 24 De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seu marido.

    Cristo é agora o cabeça da igreja, composta por todos os que o aceitaram como Salvador. Uma vez, que o tenhamos feito, devemos ser obedientes a ele.

    Lucas 19:11-27 11 E, ouvindo eles essas coisas, ele prosseguiu e contou uma parábola, porquanto estava perto de Jerusalém, e cuidavam que logo se havia de manifestar o Reino de Deus. 12 Disse, pois: Certo homem nobre partiu para uma terra remota, a fim de tomar para si um reino e voltar depois. 13 E, chamando dez servos seus, deu-lhes dez minas e disse-lhes: Negociai até que eu venha. 14 Mas os seus concidadãos aborreciam-no e mandaram após ele embaixadores, dizendo: Não queremos que este reine sobre nós. 15 E aconteceu que, voltando ele, depois de ter tomado o reino, disse que lhe chamassem aqueles servos a quem tinha dado o dinheiro, para saber o que cada um tinha ganhado, negociando. 16 E veio o primeiro dizendo: Senhor, a tua mina rendeu dez minas. 17 E ele lhe disse: Bem está, servo bom, porque no mínimo foste fiel, sobre dez cidades terás a autoridade. 18 E veio o segundo, dizendo: Senhor, a tua mina rendeu cinco minas. 19 E a este disse também: Sê tu também sobre cinco cidades. 20 E veio outro, dizendo: Senhor, aqui está a tua mina, que guardei num lenço, 21 porque tive medo de ti, que és homem rigoroso, que tomas o que não puseste e segas o que não semeaste. 22 Porém ele lhe disse: Mau servo, pela tua boca te julgarei; sabias que eu sou homem rigoroso, que tomo o que não pus e sego o que não semeei. 23 Por que não puseste, pois, o meu dinheiro no banco, para que eu, vindo, o exigisse com os juros? 24 E disse aos que estavam com ele: Tirai-lhe a mina e dai-a ao que tem dez minas. 25 E disseram-lhe eles: Senhor, ele tem dez minas. 26 Pois eu vos digo que a qualquer que tiver ser-lhe-á dado, mas ao que não tiver até o que tem lhe será tirado. 27 E, quanto àqueles meus inimigos que não quiseram que eu reinasse sobre eles, trazei-os aqui e matai-os diante de mim.

    Nessa passagem, Cristo nos ensina que depois de o termos aceitado como nosso Salvador, somos agora seus servos e temos a responsabilidade de lhe servir e prestarmos contas da forma como o servimos. Se formos bons servos, ele nos dirá: “Bem está, servo bom!”. Os versículos 14 e 27 contrastam os servos com os cidadãos, “os súditos”. Pelo fato de Deus ser o Criador, todos são sem dúvida seus súditos, mas existem os que se mantêm em rebelião contra ele.

    Quando recebemos Jesus como nosso Salvador, ele deve se tornar o rei e o Senhor de nossa vida.

    Conta-se a história de que durante a infância da rainha Vitória, ela estava presente em um concerto em que foi tocado o Messias de Händel. Todos se puseram em pé quando ressoou a parte: “Rei dos reis, Senhor dos senhores”. Quando Vitória também se levantou, os que estavam com ela tentavam dissuadi-la dizendo que ela era a rainha. Vitória respondeu: “Sou a rainha da Inglaterra, mas Cristo é meu Rei dos reis e Senhor dos senhores”.

    Depois de termos recebido Cristo como nosso Salvador, ele deve se tornar nosso rei de verdade, como ele é nosso profeta e sacerdote.

    Agindo Deus, quem impedirá? (Isaías 43.13)

    Compilado por Carlos Pires em 08/07/2017.