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  • Estudo Bíblico “virtudes Cristãs" - Lição Nº 3: Amor

    22/07/2018 por

    Lição nº 3: Amor

    Estudo Bíblico Mensal “Virtudes Cristãs”

    Quais são as virtudes que Deus valoriza?

    A razão mais forte para estudarmos as virtudes cristãs, é que Deus estabeleceu alguns padrões para nós, e um dos frutos de se conhecer a Deus é o fato de que ele paulatinamente nos transforma em um povo de virtudes.

    Que tipo de amor tendem a ser mais focados pela mídia?

    1 João 3:18 Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade.

    Amor (latim amor, -oris) substantivo masculino

    Sentimento que induz a aproximar, a proteger ou a conservar a pessoa pela qual se sente afeição ou .atração; grande afeição ou afinidade forte por outra pessoa (ex.: amor filial, amor materno). = .AFETO, AFEIÇÃO ≠ ÓDIO,REPULSA

    Que tipos de amor existem na Bíblia? Na Bíblia o amor pode tomar várias formas: amor entre amigos, entre família, entre casais, entre reis e súditos... Mas todos os tipos de amor vêm da mesma fonte: o amor de Deus. O amor é a força mais poderosa deste mundo (1 Coríntios 13:8). A Bíblia diz que Deus é amor, o amor é uma característica fundamental de Deus. Nada é mais valioso que o amor.

    PRÁTICA DO AMOR

    A prática do amor é a arte de nos ligarmos a Deus de modo intenso, sincero e primordial, não para obter algum benefício, mas por causa do Senhor mesmo e da vontade de ter comunhão com ele, em resposta ao seu amor.

    O amor é o mais poderoso sentimento do gênero humano. Como tudo mais, provém de Deus, que também sabe amar e gosta de amar (1Jo 4.7). Ninguém consegue conhecer plenamente as quatro medidas do amor de Cristo—“qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade” (Ef 3.18). Elas fazem parte do insondável que sonda todos os atributos de Deus. Na verdade, não há nenhuma medida disponível para medir o amor, a sabedoria, o poder, a santidade, a misericórdia e a glória de Deus. São atributos maravilhosos demais e sobremodo elevados que não podem atingir (Sl 139.6).

    O EXEMPLO DE CIMA Para chegar perto do conhecimento do amor de Deus, convém recordar-se que: 1. Deus ama—“Deus amou o mundo de tal forma que deu o seu Filho unigênito.” (Jo 3.16) 2. Deus faz declaração de amor—“Com amor eterno eu te amei” (Jr 31.3) 3. Deus prova o seu amor—“Dificilmente haverá quem morra por um justo. Talvez haja alguém que se atreva a morrer por um homem de bem. Mas Deus demonstrou seu amor para conosco pelo fato de Cristo ter morrido por nós, quando éramos ainda pecadores” (Rm 5.7-8, na tradução da Comunidade de Taizé). 4. Deus nos ama antes de ser amado—“Nós amamos porque ele nos amou primeiro” (1Jo 4.19). 5. No final das contas, Deus é amor—“Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor” (1Jo 4.8).

    O LUGAR PRIVILEGIADO DO AMOR 1. Na opinião de Jesus Os fariseus compilaram 1226 regras de comportamento (613 preceitos, 365 proibições e 248 mandamentos). Quando um doutor da lei perguntou capciosamente a Jesus qual destas regras deveria ser chamada de “o grande mandamento”, o Senhor respondeu de pronto que o amor de Deus “é o grande e primeiro mandamento”. Mesmo sem ser consultado a respeito do mandamento que deveria vir em seguida, Jesus adiantou: “O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mt 22.34-40). Para encerrar o assunto, o Senhor explicou: “[Todas as mil e tantas regrinhas que vocês têm] nascem destas duas leis e se cumprem se vocês lhes obedecer” (Mt 22.40, BV). 2. NA OPINIÃO DE PAULO A mais bela apologia do amor é da lavra de Paulo e foi endereçada a uma igreja cujos membros viviam em ciúmes, contendas e divisões. Para ele, o amor é o “caminho que ultrapassa a todos” (1Co 12.31, EP) e é mais importante que o dom de falar em línguas, o dom de profetizar, a capacidade de fazer coisas espetaculares por meio da fé e a prática heroica da caridade desacompanhada de afeto. Apesar da grande importância da fé—sem ela “é impossível agradar a Deus” (Hb 11.6)—e da esperança—que é a “âncora da alma” (Hb 6.19)—, das três virtudes teológicas (fé, esperança e amor), a maior delas é o amor (1Co 13.13).

    O MANDAMENTO DO AMOR O amor é muito mais do que um sentimento espontâneo. Ele é uma obrigação. Não se pode esperar indefinidamente a vontade de amar. É preciso abrir o coração, forçar e cultivar o amor. É preciso remover as pedras que estão no caminho do amor. É preciso destruir seja lá o que for—tanto a antipatia inicial (aversão) como a apatia pessoal (impassibilidade)—para se chega ao amor. Se tal coisa não fosse possível, os mandamentos do amor que estão nas Escrituras Sagradas seriam figuras de retórica. 1. É para amar a Deus com força total: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força” (Mc 12.30). 2. É para amar o próximo com a mesma intensidade e sinceridade com que se ama: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mc 12.21). O “próximo” é qualquer pessoa com o qual nos encontramos. 3. É para amar o cônjuge com amor sacrificial: “Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a Igreja e a si mesmo se entregou por ela” (Ef 5.25). A obrigação é também da esposa: “[As mulheres idosas devem ser mestras do bem] a fim de instruírem as jovens recém-casadas a amarem ao marido e a seus filhos” (Tt 2.3-4). 4. É para amar o irmão em Cristo com dedicação e intensidade: “Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros” (Jo 13.34). Paulo (Rm 12.10), Pedro (1Pe 1.22) e João (1Jo 3.18) batem na mesma tecla de amor fraternal. 5. É preciso amar o inimigo e orar por ele: “Amai os vossos inimigos e orai pelo que vos persegue” (Mt 5.14). AMOR E COMPORTAMENTO O ser humano age em função do amor, seja ele qual for, o amor permitido ou o amor proibido. O amor está na frente de seus atos, dirigindo-o e encorajando-o, tanto para o bem como para o mal. A Bíblia contém exemplos convincentes a este respeito. 1. Quando era jovem, Salomão amou ao Senhor (1Rs 3.3) e, por essa razão, andou nos preceitos de seu pai Davi e ainda construiu em sete anos o templo de Jerusalém, para o qual recrutou o serviço de 180 mil trabalhadores (30 mil cortadores de madeira no Líbano, 70 mil carregadores, 80 mil talhadores de pedra nas montanhas) e 3.500 capatazes, todos sob sua direção (1Rs 5.18). Quando era velho, o mesmo Salomão se apegou ao amor a suas mulheres estrangeiras e, por esta razão, elas lhe perverteram o coração e ele construiu para as esposas idólatras vários santuários dedicados a deuses estranhos em Jerusalém (1Rs 11.1-8). Esses templos só foram derrubados mais de 300 anos depois, por ocasião do 18º ano do reinado de Josias, por volta do ano 623 a.C. (2Rs 23.13) 2. Judas amou o dinheiro e então criticou asperamente a homenagem de Maria a Jesus por causa dos trezentos denários (o valor do perfume) e entregou Jesus aos principais sacerdotes por causa de trinta moedas de prata (Jo 12.1-8, Mt 26.14-16). 3. Pilatos amou sua posição de governador (Jo 19.12-16) e então passou por cima de seu senso de justiça (quatro vezes ele declarou em público “Não vejo neste homem crime algum”) e por cima do dramático apelo de sua mulher (“Não te envolvas com esse justo”) (Lc 23.4, 14, 15, 22; Mt 27.19). 4. Demas amou este mundo (“apaixonou-se”, na NTLH) e então abandonou o apóstolo Paulo (2Tm 4.10), depois de cooperar com ele no evangelho (Cl 4.14, Fn 224).

    AMOR SOB DISCIPLINA A capacidade de amar faz parte da constituição física e psíquica do ser humano. A necessidade de amar e de ser amado é tremenda e irresistível. Como a queda dividiu a raça humana entre o bem e o mal, a capacidade de amar foi duramente atingida. 1. Ama-se mais facilmente o que não se deve amar—o que pertence aos outros (seus bens, seu cônjuge e etc.), o “mundo e o que nele há”, isto é, “o sistema de rebelião e orgulho que busca destruir a Deus e seu governo” (A Bíblia de Genebra) ou “o conjunto das forças maléficas que se fecham para Deus e para Cristo e que procuram demover-nos de fazer a vontade de Deus” (nota de rodapé de Tradução Ecumênica da Bíblia). 2. Ama-se mais dificilmente o que se deveria amar—aquele que nos amou primeiro, o próximo, o irmão em Cristo, o cônjuge, o inimigo. 3. Chega-se então à conclusão de que a prática do amor precisa estar sob disciplina. A capacidade de amar é espontânea, mas a direção do amor e a intensidade do amor são práticas que devem ser aprendidas e cultivadas.

    Exercícios de Reflexão 1. Você já conhece a largura, o comprimento, a altura e a profundidade do amor de Cristo? 2. Qual é “o grande e primeiro mandamento ”? 3. Qual é “o segundo mandamento”? 4. Você precisa aprender a amar pessoas e coisas que agora não ama? 5. Você precisa aprender a não amar pessoas e coisas que agora ama? 6. De que modo você é vulnerável às caracterizações do amor oferecido pela mídia?

    Compilado por Carlos Pires, em 20/07/2018.