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  • Estudo Bíblico Mensal: Virtudes Cristãs Lição Nº 5: Justiça

    02/10/2018 por

    Estudo Bíblico Mensal: Virtudes Cristãs

    Estudo nº 5: Justiça

    JUSTIÇA

    S.f. 1. A virtude de dar a cada um aquilo que é seu. 2. A faculdade de julgar segundo o direito e melhor consciência. (Dicionário Aurélio Buarque de Holanda)

    ATRIBUTO

    Aquilo que é próprio de um ser; qualidade

    (Romanos 1:20 Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis;).

    Atributo, atributos de Deus

    Em geral, atributo é uma característica ou qualidade usada para descrever um objeto ou uma pessoa. Quando se trata dos atributos de Deus, os teólogos chamam atenção para as características ou qualidades essenciais ao nosso entendimento dele, à medida que ele se relaciona conosco como seres criados. Entre os atributos que a teologia clássica estabelece estão santidade, ETERNIDADE, ONISCIÊNCIA (tem todo o conhecimento), ONIPOTÊNCIA (tem todo o poder), ONIPRESENÇA (está presente em todos os lugares) e bondade. Para alguns teólogos, o amor também é atributo de Deus, enquanto para outros o amor se relaciona mais com o próprio ser de Deus.

    Justiça

    Em sentido geral, prática de se dar a recompensa ou a punição devida a uma pessoa ou grupo. De uma perspectiva teológica, pelo fato de Deus ser santo e isento de pecado, sua justiça exige que todas as pessoas e nações recebam punição por causa do pecado. Em Cristo, a exigência da justiça divina foi satisfeita, e, consequentemente, os indivíduos podem alcançar misericórdia por meio de Jesus Cristo quando o Espírito Santo os atrai e convence do pecado. Tendo em vista o próprio tratamento justo de Deus com a humanidade, ele também requer que os seres humanos ajam com justiça um para com os outros (Mateus 23:23 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e tendes negligenciado os preceitos mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas!) e busquem libertar os que estão sendo oprimidos por origem étnica, sexo ou condição social ou econômica (Isaías 58:6 Porventura, não é este o jejum que escolhi: que soltes as ligaduras da impiedade, desfaças as ataduras da servidão, deixes livres os oprimidos e despedaces todo jugo?).

    Justiça de Deus

    1. Quais são os atributos morais de Deus? (6pontos)

    A) Santidade B) Justiça C) Fidelidade D) Misericórdia E) Amor F) Bondade

    2. Que significa a “santidade” de Deus?

    Deus é santo (1 Pe 1.15-16). A santidade de Deus, significa a Sua absoluta pureza moral; Ele não pode pecar nem tolerar o pecado. O sentido original da palavra “santo” é “separado”. Em que sentido está Deus separado? Ele está separado do homem no espaço—Ele está no céu, o homem na terra. Ele está separado do homem quanto à natureza e caráter—Ele é perfeito, o homem é imperfeito; Ele é divino, o homem é humano; Ele é moralmente perfeito, o homem é pecaminoso. Vemos então que a santidade é o atributo que mantém a distinção entre Deus e a criatura. Não denota apenas um atributo de Deus, mas a própria natureza divina. Portanto, quando Deus se revela a Si mesmo de modo a impressionar o homem com a Sua Divindade, diz-se que Ele Se santificou (Ezequiel 36:23 E eu santificarei o meu grande nome, que foi profanado entre as nações, o qual profanastes no meio delas; e as nações saberão que eu [sou] o SENHOR, diz o Senhor JEOVÁ, quando eu for santificado aos seus olhos.; Ezequiel 38:23 Assim, eu me engrandecerei, e me santificarei, e me farei conhecer aos olhos de muitas nações; e saberão que eu [sou] o SENHOR.), isto é, “revela-Se a Si mesmo como o Santo”. Quando os serafins descrevem o resplendor divino que emana dAquele que está sentado sobre o trono, exclamam: “Santo, Santo, Santo é o Senhor dos exércitos” (Isaías 6:3 E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, Santo, Santo [é] o SENHOR dos Exércitos; toda a terra [está] cheia da sua glória.).

    3. De que maneira pode o homem santificar a Deus?

    Diz-se que os homens santificam a Deus quando O honram e O reverenciam como Divino (Números 20:12 E o SENHOR disse a Moisés e a Arão: Porquanto não me crestes a mim, para me santificar diante dos filhos de Israel, por isso não metereis esta congregação na terra que lhes tenho dado.). Quando O desonram, pela violação de seus mandamentos, se diz que “profanaram” seu monte—que é o contrário de santificar Seu nome (Mateus 6:9 Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que [estás] nos céus, santificado seja o teu nome.). Somente Deus É Santo em Si mesmo. Descrevem-se desta maneira o povo, os edifícios, e objetos santos porque Deus Os fez santos e os tem santificado. A palavra “santo”, quando se aplica a pessoas ou objetos, é termo que expressa relação com Jeová—pelo fato de estar separado para o seu serviço. Sendo separados os objetos precisam estar limpos; e as pessoas devem consagrar-se e viver de acordo com a lei da santidade. Esses fatos constituem a base da doutrina da santidade.

    4. Que é a justiça?

    Deus É justo. Qual a diferença entre a santidade e a justiça? “A justiça é santidade em ação”, esta é uma das respostas. A justiça é a santidade de Deus manifesta ao tratar retamente com Suas criaturas. (Gênesis 18:25 Longe de ti que faças tal coisa, que mates o justo com o ímpio; que o justo seja como o ímpio, longe de ti [seja.] Não faria justiça o Juiz de toda a terra?). A justiça é obediência a uma norma reta; é conduta reta em relação a outrem.

    5. Sabendo que Deus é bom e amoroso, como se explica o mal e o sofrimento no mundo?

    Para certas pessoas a existência do mal e do sofrimento apresenta um obstáculo à crença na bondade de Deus. “Porque um Deus de amor criou mundo cheio de sofrimento?” perguntam alguns. As considerações seguintes poderão esclarecer o problema: (1) Deus não é responsável pelo mal. Se um trabalhador descuidado jogar areia numa máquina delicada, deve-se responsabilizar o fabricante? Deus faz tudo bom mas o homem danificou a sua obra. Praticamente todo o sofrimento que há no mundo é consequência da desobediência deliberada do homem. (2) Sendo Deus Todo-Poderoso , o mal existe por sua permissão. Nem sempre podemos compreender porque Ele permite o mal, pois os Seus caminhos são inescrutáveis. Ao extremamente curioso Ele diria: “Que tens tu com isso? Segue-me tu. ”. No entanto, podemos compreender parte dos seus caminhos—o suficiente para saber que Ele não erra. Assim escreveu Stevenson, notável autor: “Se eu, através do buraquinho de guarita, puder enxergar com os meus olhos míopes minúscula fração do universo, e ainda receber no meu próprio destino algumas evidências dum plano e algumas evidências duma bondade dominante, seria eu, então, tão insensato a ponto de queixar-me de não entender tudo? Não deveria eu sentir surpresa infinita e grata, pelo fato de, em um empreendimento tão vasto, poder eu entender algo, por pouco que seja, e fazer com que este pouco inspire minha fé? ” (3) Deus é tão grande que pode fazer o mal cooperar para o bem. Recordemos como dominou a maldade dos irmãos de José, e de Faraó, e de Herodes, e aqueles que rejeitaram e crucificaram a Cristo. Acertadamente disse um erudito da antiguidade: “Deus Todo-Poderoso não permitiria, de maneira alguma, a existência do mal na sua obra se não fosse tão onipotente e tão bom que até mesmo do mal Ele pudesse operar o bem. ” Muitos cristãos já saíram dos fogos do sofrimento com o caráter purificado e a fé fortalecida. O sofrimento os tem impelido ao seio de Deus. O sofrimento foi a moeda que comprou o caráter provado no fogo. (4) Deus formou o universo segundo leis naturais, e estas leis implicam a possibilidade de acidentes. Por exemplo, se a pessoa descuidada ou deliberadamente se deixar em um precipício, essa pessoa sofrerá as consequências de ter violado a lei da gravidade. Mas, ao mesmo tempo, estamos satisfeitos com estas leis, pois de outra forma o mundo estaria num estado de confusão. (5) É bom lembrar sempre que tal não é o estado perfeito das coisas. Deus tem em reserva outra vida e uma época futura em que mostrará a razão de todos os seus tratados e ações. Visto que Ele opera segundo a “Hora Oficial Celestial”, às vezes pensamos que Ele esteja tardando, mas “bem depressa” fará justiça a seus escolhidos (Lucas 18.7,8: 7 E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite, ainda que tardio para com eles? 8 Digo-vos que, depressa, lhes fará justiça. Quando, porém, vier o Filho do Homem, porventura, achará fé na terra?). Não se deve julgar a Deus enquanto não descer a cortina sobre a última cena do Grande Drama dos Séculos. Então veremos que “Ele tudo fez bem”.

    6. Mencione cinco maneiras em que Deus demonstra a sua justiça.

    (1)Quando livra o inocente, condena o ímpio e exige que se faça a justiça. Deus julga, não como o fazem os juízes modernos, que baseiam seu julgamento sobre a evidência apresentada perante eles por outrem. Deus mesmo descobre a evidência. Desta maneira o Messias, cheio do Espírito Divino, não julgará “segundo a vista dos seus olhos, nem reprovará segundo o ouvir dos seus ouvidos”, mas julgará com justiça (Is 11.3). (2) Quando perdoa o penitente (1 João 1:9 Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.). (3) Quando castiga e julga Seu povo (Amós 3:2 De todas as famílias da terra a vós somente conheci; portanto, todas as vossas injustiças visitarei sobre vós.). (4) Quando salva Seu povo. A interposição de Deus a favor de Seu povo se chama Sua justiça(Isaías 46:13 Faço chegar a minha justiça, e não estará ao longe, e a minha salvação não tardará; mas estabelecerei em Sião a salvação [e] em Israel, a minha glória.). A salvação é o lado negativo, a justiça é o positivo. Ele livra Seu povo dos seus pecados e de seus inimigos, e o resultado é a retidão de coração (Isaías 51:6 Levantai os olhos para os céus e olhai para a terra de baixo, porque os céus desaparecerão como a fumaça, e a terra se envelhecerá como [uma] veste, e os seus moradores morrerão como mosquitos; mas a minha salvação durará para sempre, e a minha justiça não será quebrantada.). (5) Quando dá vitória à causa de seus servos fiéis (Isaías 50.4-9: 4 O Senhor JEOVÁ me deu uma língua erudita, para que eu saiba dizer, a seu tempo, uma boa palavra ao que está cansado. Ele desperta-me todas as manhãs, desperta-me o ouvido para que ouça como aqueles que aprendem. 5 O Senhor JEOVÁ me abriu os ouvidos, e eu não fui rebelde; não me retiro para trás. 6 As costas dou aos que me ferem e a face, aos que me arrancam os cabelos; não escondo a face dos que me afrontam e me cospem. 7 Porque o Senhor JEOVÁ me ajuda, pelo que me não confundo; por isso, pus o rosto como um seixo e sei que não serei confundido. 8 Perto está o que me justifica; quem contenderá comigo? Compareçamos juntamente; quem é meu adversário? Chegue-se para mim. 9 Eis que o Senhor JEOVÁ me ajuda; quem há que me condene? Eis que todos eles, como vestes, se envelhecerão, e a traça os comerá.). Depois de Deus haver libertado Seu povo e julgado os ímpios então teremos “novos céus e uma nova terra, em que habita a justiça” (2 Pedro 3.13). Deus não somente trata justamente como também requer justiça. Mas que sucederá no caso de o homem haver pecado? Então Ele graciosamente justifica o penitente (Rm 4.5). Esta é a base da doutrina da justificação. Notar-se-á que a natureza divina é a base das relações de Deus para com os homens. Como Ele é assim Ele opera. O Santo santifica, o Justo justifica.

    Compilado por Carlos Pires, em 29/09/2018.